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Acusados de matar mulher e esconder corpo em barril vão a júri popular em Belém


Marciele foi encontrada morta dentro de um barril em uma empresa que fica em Barcarena, na Grande Belém, em 2023.

Reprodução / TV Liberal

Os dois acusados de envolvimento na morte de Marciele Lopes Ferreira, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de um barril em uma empresa de Barcarena, na Grande Belém, passam por júri popular nesta quinta-feira (4).

O corpo de Marciele foi localizado no dia 26 de março de 2023, nas dependências do local onde trabalhava há dois meses como agente de portaria. A empresa, de construção civil, fica na Vila do Conde.

Mateus Gonzaga Alencar Mendes e Milena Furtado Santos são os acusados e respondem por homicídio qualificado com ocultação de cadáver. O júri ocorre no fórum de Belém. Segundo relatos da época do crime, Mateus tinha um relacionamento conturbado com Marciele. Já a relação de Milena com ambos não foi informada.

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O g1 entrou em contato com a defesa dos acusados, mas não obteve respostas até a publicação desta reportagem.

Família encontrou o corpo

Familiares de mulher encontrada morta em barril fazem protesto por justiça em Barcarena

Familiares disseram que Marciele saiu para o trabalho no dia 25, às 7h, e não voltou mais. No mesmo dia, o marido de Marciele tentou contato por telefone e não conseguiu. Ele foi até o trabalho da mulher, e Mateus, agente de portaria que estava no momento, informou que a funcionária teria saído em busca de atendimento médico porque estava com dor de estômago.

Os parentes decidiram sair em busca e voltaram à empresa. Mateus não permitiu a entrada dos familiares, mas eles permaneceram no local e fizeram buscas em uma mata próxima, onde encontraram vestígios de sangue.

"O suspeito estava lá na portaria, como se nada tivesse acontecido, e dizia que não sabia de nada", diz um dos familiares da vítima.

Após outra tentativa, a família conseguiu entrar na empresa. Um dos parentes olhou dentro de um tambor e viu a mão da vítima, que estava com pedras por cima.

"Estava em um local discreto para que ninguém desconfiasse".

De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), há provas de que os dois acusados buscaram dificultar a investigação criminal, enviando mensagens como se fossem a vítima, e que ainda tentaram vender o celular de Marciele. Eles ainda foram vistos com a moto da vítima na residência, veículo que foi abandonado em um terreno baldio.

No pedido de prisão preventiva dos suspeitos, em 2023, ainda consta que o crime é considerado grave pelo modus operandi, que revela risco à ordem e tranquilidade social, evidenciados pela extrema violência com que foi cometido, deixando rastros de sangue na parede da empresa, local de trabalho da vítima e onde a morte ocorreu, com ocultação de cadáver em um tonel.

Marciele deixou duas filhas, uma de 13 e outra de 6 anos.

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