G1

Brasileiros em conflito na Ucrânia: Itamaraty tem registro de 9 mortos e 17 desaparecidos em conflito


Família pede ajuda ao Itamaraty para que corpo de mineiro morto na Ucrânia seja trazido ao Brasil

O Ministério das Relações Exteriores informou neste sábado (26) que tem registro de 9 brasileiros mortos e 17 desaparecidos em conflitos na Rússia e na Ucrânia.

Nesta semana, a família de um mineiro informou que o filho, Gabriel Pereira, de 21 anos, foi recrutado por ucranianos no início do ano por meio de redes sociais e morreu em combate perto da fronteira com a Rússia. Os pais e o irmão de Gabriel seguem sem informações sobre o corpo e não contam com auxílio do governo ucraniano (leia mais abaixo).

✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp

Outra família, de Santa Catarina, busca respostas sobre o desaparecimento de um ex-militar da Marinha que também se voluntariou para lutar junto ao exército ucraniano.

O conflito entre Ucrânia e Rússia se arrasta desde 24 de fevereiro de 2022, quando o governo russo fez uma operação em larga escala para invadir o país vizinho. Desde então, há registros de combatentes de diferentes partes do mundo que decidem se voluntariar para participar da guerra.

Montagem mostra fotos de Gabriel Pereira, mineiro que se alistou para lutar com exército da Ucrânia e morreu em combate

Reprodução

Perfis recrutam combatentes por redes

No Brasil, perfis e canais em redes sociais divulgam viagens de uma espécie de "turismo de guerra", em que brasileiros embarcam para ir ao front com a promessa de remuneração em dólar.

No caso do mineiro Gabriel Pereira, segundo a família, a morte dele ocorreu no início de julho, mas data exata não é conhecida. Os parentes só souberam do falecimento por meio de amigos e de listas divulgadas por perfis russos nas redes sociais, que publicam informações sobre soldados inimigos mortos em combate.

Desde então, os familiares tentam localizar o corpo para viabilizar o translado ao Brasil, mas enfrentam dificuldades burocráticas e acusam os governos brasileiro e ucraniano de negligência.

Em nota, o Itamaraty informou que, por meio das embaixadas em Kiev e Moscou, está à disposição para prestar assistência consular a brasileiros na região e seus familiares.

Brasileiro que morreu na Ucrânica compartilhava rotina nas redes sociais

Publicações dos recrutadores nas redes sociais divulgando a viagem.

Reprodução

Ajuda de outros países e combatentes estrangeiros

A capacidade do governo da Ucrânia depende muito da ajuda militar, financeira e política de outros países. Desde o início do conflito, brasileiros ingressaram nas forças de segurança para participar dos combates.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, chegou a convidar, no começo da guerra, estrangeiros que quisessem lutar contra o exército russo.

"Estrangeiros dispostos a defender a Ucrânia e a ordem mundial como parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, eu convido vocês a contatar as missões diplomáticas da Ucrânia em seus respectivos países", disse Kuleba.

Há três anos, o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, anunciou a criação da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, uma unidade militar formada por estrangeiros que queiram combater no país. A legião aceita até mesmo pessoas sem experiência militar ou de combate.

Assista aos vídeos mais vistos do g1 em Minas:

Baixe o nosso aplicativo

Tenha nossa rádio na palma de sua mão hoje mesmo.