A família da brasileira Jenife Silva, de 37 anos, natural de Santana (AP), está na Bolívia para acompanhar os trâmites para do translado do corpo que deve acontecer na quarta-feira (23).
O corpo da brasileira Jenife Silva passou por uma nova autópsia particular na última quarta-feira (16), na Bolívia. Esta foi a última etapa da família na Bolívia para os trâmites do translado de Santa Cruz de La Sierra para o sepultamento do corpo em Santana (AP).
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A prima de Jenife, Cirlene Fernandes disse que a previsão é que o corpo chegue no município de Santana, cidade natal da vítima, até a quarta-feira (23), após quase 20 dias desde o assassinato.
"Essa despedida é só uma etapa, a gente vai continuar lutando por justiça, buscando essa verdade [...] A gente tem aquela sede de justiça pela verdade também, que o culpado pague pelo crime que cometeu, porque ele assassinou uma prima, uma sobrinha, uma amiga, uma irmã, uma filha e uma mãe, deixando dois filhos", disse a representante da família no Amapá.
Prima de Jenife, Cirlene Fernandes, busca por justiça no caso
Isadora Pereira/g1
De acordo com as autoridades bolivianas, a mulher foi vítima de um feminicídio praticado por um adolescente de 16 anos. O adolescente se apresentou na delegacia e alegou ter uma relação próxima da vítima.
O que se sabe sobre brasileira assassinada na Bolívia
"A família ainda está na Bolívia , a irmã mais nova da Jenife e os dois tios. Graças a cada um de vocês que também ajudaram no pix solidário, eles vão voltar par o Brasil [...], assim como o translado do corpo da Jenife também será feito, disse Cirlene.
A investigações do caso ainda estão em andamento pelas autoridades da Bolívia e do Brasil. Todos os materiais coletados ainda estão em análise.
"A família está muito abalada, e nós queremos fazer o velório da Jenife, fazer esse enterro. Nós não temos a data do velório, ainda vai ser confirmado, mas assim que tivermos uma data prevista, a gente vai divulgar nas redes sociais para quem quiser prestar as últimas homenagens", finalizou Cirlene.
Jenife Silva estava se formando em medicina
Reprodução/Redes sociais
OAB e Senado acompanham no caso
O advogado Cícero Bordalo Jr., presidente da Comissão de Combate ao Feminicídio da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB-AP), acompanha o caso, em Brasília.
"Estive no Itamaraty e fiz alguns requerimentos. Amanhã irei fazer contato com o membro da Corte Interamericana de Direitos Humanos [...] Reunirei com os representantes do Itamaraty e das embaixadas brasileiras que ficam na Bolívia para que nós possamos acelerar e melhorar essa investigação", disse Bordalo.
O senador Randolfe Rodrigues (PT), apresentou um requerimento que foi aprovado no Congresso Nacional que institui uma Comissão Temporária Externa. Essa comissão deve investigar o caso de Jenife e apurar as condições enfrentadas por outros brasileiros que vivem na Bolívia.
"Para tomar as medidas necessárias, primeiro para a repatriação do corpo de Jenife ao Brasil aos seus familiares, em segundo lugar para a culpabilização dos culpados. Mas parece que o caso de Jenife traz uma segunda situação, que é a situação de uma comunidade de mais de 6 mil brasileiros que estudam medicina em Santa Cruz de La Sierra", disse Randolfe.
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Relembre o caso
A brasileira Jenife Silva, de 37 anos, natural de Santana (AP), foi encontrada morta em seu apartamento na quarta-feira (2) na Zona Norte de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo o que foi passado pela polícia boliviana, Jenife morreu estrangulada, além de ter sofrido estupro e esfaqueamento.
Uma amiga da vítima esclareceu que Jenife tinha terminado o curso de medicina em Santa Cruz, onde residiu por 6 anos, e já estava morando novamente no Amapá. A vítima retornou à Bolívia para buscar o diploma do curso.
Em seu depoimento, o suspeito disse que durante relações sexuais com Jenife, ela sofreu um mal súbito e o mesmo fugiu em seguida.
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