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Cidade de SP é a segunda capital mais seca do país nesta quarta


Pôr do sol visto da região oeste da capital paulista; nesta terça (15), a cidade de SP registrou apenas 23% de umidade relativa do ar

Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

São Paulo foi a segunda capital com menor umidade do país nesta quarta-feira (16), registrando 20% de umidade relativa do ar. Em primeiro lugar ficou Cuiabá, em Mato Grosso, com 18%.

A capital paulista está há 12 dias sem chuva. Mapas elaborados pela Defesa Civil do estado de São Paulo apontaram que, pela primeira vez neste ano, a capital e os municípios da região metropolitana entraram em estado de alerta para risco de incêndio. O aviso é válido até esta quinta (17).

Na terça (15), a cidade de São Paulo também registrou o segundo menor índice de umidade no Brasil, com 23%, ficando atrás somente de Cuiabá, no Mato Grosso do Sul, com 21%, segundo a Climatempo.

As responsáveis pelo cenário são as condições meteorológicas adversas, como tempo seco, baixa umidade do ar e ausência de chuvas.

A condição deve persistir até sábado (19), quando uma frente fria pode aumentar a umidade (mas ainda não são esperadas chuvas).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a umidade relativa do ar ideal para o corpo humano varia entre 40% e 70%. Níveis abaixo de 30% já são considerados um alerta para a saúde, podendo causar desconforto e problemas respiratórios.

Os mapas elaborados pela Defesa Civil indicam o nível de risco de incêndio. São quatro níveis, divididos por cores, que representam diferentes graus de perigo:

Amarelo: risco baixo

Laranja: risco alto

Vermelho: alerta

Roxo: emergência

São quatro níveis de risco, divididos por cores, que representam diferentes graus de perigo.

Reprodução/Defesa Civil

Os mapas elaborados pela Defesa Civil indicam as áreas do estado conforme o nível de risco de incêndio.

Reprodução/Defesa Civil

Segundo o meteorologista César Soares, da Climatempo, o risco de incêndio aumenta devido a dois fatores meteorológicos principais: sucessivos dias com massas de ar seco e temperaturas mais altas.

"Para a manutenção do fogo, é necessário ter vegetação seca (combustível), oxigênio no ar e temperaturas elevadas para garantir o calor, com o vento às vezes ajudando a espalhar as chamas. O índice de risco de fogo é diretamente associado à umidade do ar e às temperaturas mais altas", explicou.

Ainda segundo o meteorologista, as condições atuais na região metropolitana são preocupantes. Apesar de as manhãs terem mínimas na casa dos 10°C, a temperaturas estão aumentando ao longo das tardes, criando mais condições para o surgimento de chamas. Além disso, a persistência do ar seco nos últimos dias fez com que a umidade estivesse bem baixa.

"As tardes estão ficando mais quentes, até acima da média na região metropolitana, para a época do ano. O normal seria temperatura em torno de 22,9°C, mas nesta semana já foram registradas temperaturas na casa dos 24°C, 25°C, com tendência de chegar a 27°C. Esse aquecimento já contribui para o aparecimento de alguns focos de queimada", disse.

A recomendação da Defesa Civil é que a população evite queimar lixo, não solte balões e redobre a atenção com bitucas de cigarro em áreas de vegetação seca, além de se hidratar e evitar exercícios ao ar livre entre 11h e 16h.

Segundo a Defesa Civil, o monitoramento está dentro da Operação Estiagem.

"O alerta faz parte da Operação Estiagem e tem caráter preventivo — não sendo enviado via SMS, mas usado para orientar e informar a população sobre os riscos", disse ao g1.

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