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Corpo de professora encontrada morta é enterrado em BH: 'jogou a semente', diz pai


Polícia investiga assassinato de professora de BH; corpo tinha marcas de violência sexual

O corpo da professora Soraya Tatiana Bomfim Franca, de 56 anos, foi sepultado na manhã desta terça-feira (22), no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte. A cerimônia foi marcada por homenagens à professora e pedidos por justiça.

Soraya foi encontrada morta neste domingo (20) perto de um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. O corpo estava coberto por um lençol, seminu e com marcas de violência sexual e queimaduras. Não havia documento de identificação. Ninguém foi preso e nenhum suspeito foi identificado até a última atualização desta reportagem.

O pai da professora, Nilton França, disse no enterro ter percebido o alcance do amor da filha.

"Fiquei impactado com tanto amor por ali. Isso foi uma obra da minha filha. [...] Não sabia o alcance do trabalho dela, de tantos anos cuidando de tantas gerações de pessoas boas, ajudando a ter pessoas boas no mundo", disse o pai.

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"Jogou as sementes, e as sementes estão aí. Ela cumpriu parte dessa missão. E hoje eu descobri que eu tenho uma missão muito grande pela frente", afirmou Nilton França, emocionado.

A vítima estava desaparecida desde sexta-feira (18), e a polícia chegou até o local onde o corpo estava após denúncia de um corpo abandonado.

Uma tatuagem e a armação dos óculos que estavam no local permitiram que a vítima fosse identificada. A confirmação foi feita pelo filho dela no Instituto Médico Legal.

Nilton França, pai da professora Soraya Tatiana.

Ewerton Lopes/TV Globo

Sepultamento reuniu amigos, familiares, colegas e alunos da professora.

Ewerton Lopes/TV Globo

Entenda

A professora Soraya Tatiana Bomfim Franca, de 56 anos, foi encontrada morta neste domingo (20) no Conjunto Caieiras. Ela trabalhava em um colégio particular em Belo Horizonte e era conhecida na comunidade escolar, que se movimentou nas redes sociais na busca por ela.

O filho de Soraya Tatiana, um homem de 32 anos, havia registrado boletim de ocorrência de desaparecimento após não conseguir contato com a mãe desde a última sexta-feira (18). Ele contou que saiu de casa na noite de quinta-feira (17) para uma viagem à Serra do Cipó.

De acordo com o boletim de ocorrência, a última vez que o homem viu a mãe ela estava sentada no sofá da casa, de camisola cinza. Ele afirmou ter enviado uma mensagem para Soraya às 9h da manhã de sexta (18), mas não foi respondido.

O filho relatou à PM que pediu a uma tia que fosse até o apartamento para verificar, mas ela não foi atendida. Ainda segundo o relato, o homem pediu que um chaveiro abrisse a porta da residência para sua tia. Após a abertura, a tia verificou que não havia ninguém na casa.

Soraya Tatiana, de 56 anos, era professora em um colégio particular de Belo Horizonte.

Redes Sociais

Residência da vítima

Dentro do apartamento não havia sinais de arrombamento ou violência. O carro da professora permanecia na garagem, mas o celular, óculos e chaves não estavam no local. O filho da vítima tentou rastrear a localização dela por meio do telefone mas não conseguiu.

O filho disse que chegou a entrar em contato com hospitais, e na companhia do pai, ex-marido da vítima, foram até uma das unidades médicas para buscar possíveis informações. No entanto, não havia registro de entrada no hospital.

Além disso, pai e filho entraram em contato com amigas de Soraya e com o Instituto Médico Legal (IML), mas não obtiveram nenhuma informação antes do corpo da vítima ser encontrado.

Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, a perícia esteve no local do crime e aguarda a conclusão de laudos que esclarecerão a identificação e as causas da morte.

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