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Em segundo dia de pausa no tarifaço de Trump, bolsas asiáticas abrem em queda


Durante a semana, os mercados mundiais enfrentaram oscilações diante dos anúncios de Donald Trump. Com tarifas pausadas - a exceção da China -, bolsas de NY e Ibovespa fecham em queda; dólar sobe e chega a R$ 5,89. Investidores chineses monitoram preços das ações em uma corretora em Pequim, nesta sexta (2), quando as bolsas asiáticas despencaram após a ameaça do presidente Donald Trump de aumento de tarifas sobre as importações chinesas

Mark Schiefelbein/AP

As bolsas asiáticas abriram em queda nesta quinta-feira (10), segundo dia de pausa do tarifaço. O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir para 10% as taxas recíprocas, pelo prazo de 90 dias, foi feito nesta quarta (9).

Durante a semana, os mercados mundiais enfrentaram oscilações das medidas econômicas do republicano resultaram na escalada da guerra comercial global, ainda mais pelas constantes decisões de sobretaxar a China. Hoje, a Casa Branca explicou que as tarifas aplicadas aos produtos chineses chegam a 145%. (Leia mais abaixo).

📉 Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas por volta das 23h30:

🇨🇳 CSI 1000, da China, subia 0,63%

🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, caía 0,41%

🇯🇵 Nikkei 225, do Japão, caía 4,32%

🇬🇸 Kospi, da Coreia do Sul, caía 1,47%

Veja como ficou o fechamento dos principais índices norte-americanos na quinta:

Dow Jones caiu 2,50%, aos 39.593,44;

S&P 500 caiu 3,49%, aos 5.266,30;

Nasdaq caiu 4,31%, aos 16.387,31.

No Brasil, o dólar subiu e chegou a R$ 5,89. O Ibovespa fechou em queda, corrigindo parte da forte alta de ontem, quando o anúncio de Trump foi feito.

Retaliação à China

Trump eleva para 125% tarifas contra China

Trump voltou a ampliar as tarifas dos produtos chineses nesta quinta (10). Segundo a Casa Branca, agora as tarifas somam 145%.

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta quarta (9) um aumento das taxas contra os chineses de 125%, com efeito imediato, devido às retaliações aplicadas por Pequim.

Agora, a Casa Branca esclareceu que esse aumento é em relação à taxa de 84% anunciada por Trump nesta semana, que, por sua vez, se soma à tarifa de 20% relacionada ao fentanil e imposta anteriormente à China.

Entenda como a taxa sobre a China chegou a 145%:

No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;

Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;

Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.

Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a "tarifa recíproca" contra os asiáticos. Esse valor foi somado aos 20% que já eram aplicados antes de abril, chegando aos 145%.

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