Institutos localizados em São José dos Campos (SP) continuam no ranking, mas perderam várias posições em relação ao levantamento de 2024. Sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Reprodução/TV Vanguarda
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Ita) perderam posições em um ranking que avalia as melhores universidades do mundo.
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O levantamento, que foi divulgado na manhã desta segunda-feira (2) pelo Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR), registrou uma queda dos dois institutos localizados em São José dos Campos.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Posição no Brasil: 32
Posição global em 2025: 1330
Posição global em 2024: 1267
Pontuação: 68,9
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
Posição no Brasil: 52
Posição global em 2025: 1994
Posição global em 2024: 1828
Pontuação: 66,2
O Inpe, que trabalha com pesquisas e oferece cursos de pós-graduação, caiu 63 posições no ranking global e este ano está na posição de 1330.
Já o ITA, especializado em ciência e tecnologia aeroespacial, também está na lista. Mesmo com um dos vestibulares mais disputados do país, o instituto caiu 166 posições e quase saiu do ranking.
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos
Peterson Grecco/TV Vanguarda
Para o chefe da divisão de pós-graduação do Inpe, Antônio Bertachini, a queda no número de alunos de 600 para 500 nos últimos anos impactou a produção de artigos científicos, um dos critérios relevantes do ranking.
“O curso de engenharia espacial, que é o maior curso do Inpe, teve problemas em relação a relatórios na Capes e ficou suspenso de pegar alunos novos nos últimos dois anos. Então o nosso número de alunos diminuiu consideravelmente. Nós conseguimos arrumar isso e temos autorização para voltar a receber alunos de engenharia, provavelmente a partir do ano que vem. Isso por si só vai dar uma alavancada boa nos números”, afirmou.
Segundo a fundadora do SOS Educação, a queda de posições reflete a falta de investimento em pesquisa nos últimos anos.
“Um ranking como esse, internacionalmente respeitado, demonstra o quanto nós precisamos continuar os investimentos na área de pesquisa das universidades e na valorização da mão de obra do professor”, diz Roberta Bento.
O g1 acionou o ITA, mas não teve retorno até a última atualização da matéria.
O ranking
O ranking elege as duas mil melhores universidades do mundo. O levantamento considera quatro fatores: qualidade da educação (25%), empregabilidade (25%), qualidade do corpo docente (10%) e pesquisa (40%).
Para a edição de 2025, foram analisados 74 milhões de pontos de dados baseados em resultados para classificar as universidades. 21.462 universidades foram classificadas e as melhores colocadas ficaram na Lista Global 2000, que inclui instituições de 94 países.
53 universidades brasileiras aparecerem no levantamento, mas quase 90% delas perderam posições em comparação com o levantamento do ano passado.
Confira aqui o ranking nacional e global
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