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Ipec-Ipsos: maioria acha que atuação do governo Lula no caso da fraude no INSS é ruim ou péssima


Pesquisa estimulada entrevistou presencialmente 2.000 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 5 e 9 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva realizada em 3 de junho de 2025, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Uma pesquisa Ipsos-Ipec,divulgada nesta segunda-feira (16), mostra que 54% dos brasileiros consideram ruim ou péssima a resposta do governo Lula à fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para 22%, a atuação foi ótima ou boa; outros 18% a classificam como regular. Já 6% não souberam ou não responderam.

A pergunta foi feita de forma estimulada, com apenas uma opção de resposta por entrevistado. O levantamento contou com 2.000 entrevistas presenciais realizadas entre os dias 5 e 9 de junho, em 132 municípios, com pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

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A pesquisa também apresentou afirmações sobre a relação entre o governo e a fraude no INSS.

Veja em números:

O governo Lula é responsável pela escalada do problema, porque os valores das fraudes dispararam na sua gestão — 43%

O esquema de fraudes descobertas no INSS começou no governo Bolsonaro e só foi descoberto porque o governo Lula investigou o caso — 35%

Concorda com as duas afirmações (resposta espontânea) — 6%

Nenhuma / Não concorda (resposta espontânea) — 4%

Não sabe / Não respondeu — 12%

Fraudes no INSS

Em abril, os resultados de uma investigação da Polícia Federal (PF) revelaram um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS.

A PF afirma que associações que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido, e servidores do instituto foram afastados. Outras seis pessoas ligados às entidades investigadas foram presas.

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