Duzentos estabelecimentos tocantinenses participaram de pesquisa. No estado, homens recebem 19,69% a mais que as mulheres, um aumento de 1,02% em relação a 2024. Mulheres ganham menos que os homens no Tocantins
Djavan Barbosa/TV Anhanguera
Um levantamento feito com 200 empresas tocantinenses mostrou que os homens ganham 19,69% a mais que as mulheres no Tocantins. Na pesquisa anterior, em setembro de 2024, o percentual era de 18,67%, mas a diferença cresceu em 1,02%.
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Os dados são do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado pelo governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme o levantamento, no Tocantins, a média salarial das mulheres é de R$ 2.478,78 e dos homens, R$ 3.086,54.
A questão racial também foi analisada no relatório. Segundo a pesquisa, no Tocantins, mulheres negras ganham R$ 2.250,66 em média, enquanto que mulheres não negras recebem R$ 3.327,59. A diferença salarial é de 32,4%.
No âmbito nacional, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.864,39 de salário e as não negras, R$ 4.661,06. Uma diferença salarial de 38%.
No Brasil, a disparidade entre os salários de homens e mulheres é de 20,87%. Com relação aos dados de setembro de 2024, o aumento é de 0,18%.
Conforme o Governo Federal, também foram analisados os tipos de ocupação e relatório apontou que, no Brasil, mulheres diretoras e gerentes recebem 73,2% do salário dos homens, enquanto as profissionais em cargos de nível superior recebem 68,5% do salário deles. Já as trabalhadoras de serviços administrativos recebem 79,8% dos salários dos homens.
Apesar da problemática dentro da pesquisa, o 3º Relatório de Transparência Salarial apontou que houve um crescimento de 18,2% na participação das mulheres negras no mercado de trabalho, passando de 3,2 milhões para 3,8 milhões mulheres negras empregadas no Brasil.
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Se comparando com dados de 2023, o relatório mostrou ainda que o número de estabelecimentos com apenas 10% de mulheres negras empregadas reduziu de 21.680 para 20.452. Além disso, houve aumento na quantidade de estabelecimentos em que a diferença entre salários de homens e mulheres é de até 5%.
Como ações para reduzir os percentuais da diferença salarial, o governo Federal lançou o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, sugestões e recomendações que possam contribuir com os processos de negociação coletiva, e o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que vai mobilizar trabalhadores e ações que promovam a mudança no cenário.
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