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Lula faz evento com balanço de governo para tentar rebater queda na popularidade


Presidente passou da metade dos quatro anos deste terceiro mandato. Lula mexeu na comunicação do governo mas ainda não conseguiu conter a queda de aprovação. Lula, Janja, Alckmin e Lewandowski em evento com balanço de ações

TV Brasil/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros, aliados políticos e militantes em um centro de eventos de Brasília, nesta quinta-feira (3), para um evento de balanço de governo, que recebeu o slogan de "Brasil dando a volta por cima".

Lula cumpriu dois anos e três meses dos quatro anos de seu terceiro mandato como presidente e optou por fazer um evento fora do Palácio do Planalto para destacar as ações do governo.

O evento seguiu um formato diferente das cerimônias convencionais do governo federal. Em lugar do "display de autoridades" – a fileira de ministros e secretários no palco, que se reveza ao microfone –, duas apresentadoras comandaram o roteiro.

O próprio presidente Lula e a primeira-dama Janja, por sinal, se sentaram na primeira fila da plateia na parte inicial do evento.

Evento do governo federal para divulgar balanço de ações do governo Lula

TV Brasil/Reprodução

Popularidade em baixa

O presidente nos últimos meses viu sua popularidade cair, mas ainda não conseguiu reverter o quadro, apesar de em janeiro ter nomeado o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de 2022, como ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) no lugar do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Sidônio atualizou a linguagem das redes sociais, incentivou o presidente a dar mais entrevistas e a comparar os resultados da atual gestão com o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), derrotado por Lula na última eleição, mas que permanece como principal líder da direita brasileira, mesmo que esteja inelegível.

A estratégia de Sidônio, contudo, ainda não teve o efeito esperado no Planalto.

Pesquisa Quaest divulgada na quarta (2) mostrou que a desaprovação de Lula subiu de 49% para 56%, o pior índice desde o início do mandato e a primeira vez que passou de 50%.

O mesmo instituto, em sondagem sobre a eleição de 2026, informou que Lula tem empate técnico com Bolsonaro e venceria outros sete candidatos em um segundo turno. O presidente ainda não definiu se tentará a reeleição.

Lula e aliados se queixam do fato que não tem refletido na aprovação do governo a retomada de programas sociais e resultados positivos da economia, como a geração de empregos, o aumento real do salário do mínimo e os dois anos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Entre os motivos que desgasta o governo, segundo especialistas, estão a alta do preço dos alimentos e a preocupação com a segurança pública.

Desde o ano passado Lula afirma que enviará ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para ampliar a participação da União na segurança, o que ainda não aconteceu.

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