Mais de uma tonelada de medusa invasora é removida na Baía de Todos-os-Santos
Divulgação
Mais de uma tonelada da medusa exótica invasora foi removida da Baía de Todos-os-Santos, na região da praia do Brasileirinho, em Itaparica, na Região Metropolitana de Salvador, na quinta-feira (24).
Segundo informações da prefeitura, as medusas invasoras removidas serão encaminhadas para uma pesquisa científica que vai avaliar os impactos da espécie na região e subsidiar o desenvolvimento de estratégias de monitoramento e controle a longo prazo.
De acordo com a gestão municipal, a iniciativa teve como objetivo conter os impactos causados pela espécie, que ameaça a biodiversidade marinha e compromete o equilíbrio dos ecossistemas costeiros da região.
A ação integrou a primeira etapa de uma operação ambiental conduzida pela Prefeitura de Itaparica, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Universidade Federal da Bahia (Ufba).
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Mais de uma tonelada de medusa invasora é removida na Baía de Todos-os-Santos
Divulgação
A operação também contou com o apoio dos projetos ambientais Maré de Março e Recife das Pinas Unas, além da participação ativa de moradores da comunidade local.
A medusa Cassiopea andromeda é uma espécie exótica com alto potencial de desequilíbrio ecológico. Pode afetar diretamente organismos nativos e impactar populações humanas que dependem dos recursos naturais locais.
Riscos de desequilíbrio no ecossistema marinho e veneno que pode causar convulsões: conheça peixe invasor encontrado na Bahia
Originária de regiões tropicais e subtropicais do Oceano Índico, Pacífico Ocidental e Mar Vermelho, não é nativa do Brasil, embora já tenha sido registrada em algumas áreas do litoral. Elas vivem de cabeça para baixo, apoiada no fundo de ambientes costeiros de águas calmas e rasas, como manguezais, baías e recifes de coral, onde há intensa incidência de luz solar.
“Esta operação reforça o nosso compromisso em proteger a biodiversidade e agir rapidamente diante de ameaças ambientais. A presença dessa espécie invasora pode gerar impactos significativos no equilíbrio ecológico e, por isso, estamos unindo esforços com instituições científicas e órgãos ambientais para garantir a preservação da nossa baía”, disse o secretário municipal de Meio Ambiente de Itaparica, Sérgio Pitta.
Mais de 5 toneladas de espécie invasora são retiradas da Baía de Todos-os-Santos
Sema/Inema
Na quarta-feira (17), mais de cinco toneladas de uma espécie invasora de corais foram retiradas das águas da Baía de Todos-os-Santos, em pontos da costa da Ilha de Itaparica.
No total, foram removidos 5.549,57 quilos de organismos invasores: 2.939,42 kg na primeira etapa, na Ponte da Marinha, e outros 2.610,15 kg na segunda.
Peixe invasor
Pescador encontra peixe-leão em estuário na Bahia
Um peixe invasor foi capturado por moradores no destino turístico de Taipu de Dentro, na cidade de Maraú, no baixo sul da Bahia, no sábado (19). De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do município, o Peixe-leão é altamente venenoso e pode causar desequilíbrio no ecossistema marinho.
O peixe-leão, originário do oceano Indo-Pacífico, foi encontrado em um estuário, ambiente de transição entre rio e mar que, inclusive, serve como berçário para muitas espécies de animais. O local também representa uma barreira importante para redução de impactos das mudanças climáticas e efeitos das marés sobre a cidade.
Peixe invasor com 18 espinhos é encontrado em destino turístico na Bahia
Reprodução/TV Bahia
Segundo a bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, Stella Furlan, o peixe foi resgatado e será objeto de pesquisa.
"Eles colocam 30 mil ovos, que reproduzem em 26 dias, se alimentam de peixes até 70% do tamanho deles e comem 30 peixes a cada 20 minutos em média. Ele não tem predador, então pesquisadores, nativos, pescadores e todos que vivem do mar precisam se unir para conseguir controlar", disse a bióloga.
Ela ainda alerta para a necessidade de cuidado ao encontrá-los, já que eles têm espinhos com venenos que podem causar dores ou até convulsões. "Precisamos capturar o animal sem tocar com a mão, registrar, tomar cuidados com os espinhos e avisar ao Inema o quanto antes e a Secretaria do Meio Ambiente", explicou Stella Furlan, que também é idealizadora do projeto Mergulho Consciente.
Mudanças climáticas e ação humana
Os especialistas afirmam que o movimento também está ligado ao aquecimento das águas, à intensa circulação marítima internacional e às mudanças nos ecossistemas costeiros causadas por poluição, urbanização e alterações climáticas.
"As mudanças climáticas estão afetando os ecossistemas e as espécies de várias formas. Os impactos estão muito acentuados pelas questões climáticas e tudo isso pode favorecer a expansão das áreas de ocorrência das espécies invasoras", explicou diretor de políticas e planejamento ambiental da Sema, Tiago Porto.
Como combater as espécies exóticas invasoras na Baía de Todos-os-Santos
Arte g1
A remoção das espécies segue protocolos de manejo estabelecidos pela Sema, e a identificação delas é feita por parceiros como professores da Ufba e a ONG Promar. A presença delas acende um alerta na Baía de Todos-os-Santos, mas a comunidade pesqueira tem um papel importante.
O que fazer se encontrar um animal exótico invasor
Para evitar o avanço das espécies nas regiões, equipes da Secretaria de Meio Ambiente começaram a organizar, em 2023, um plano de resposta à bioinvasão. As orientações são:
Não mate e não faça a retirada.
Entre em contato pelo e-mail peld.bts@gmail.com.
Para a pessoa ficar apta a realizar a remoção da espécie, deve-se protocolar um pedido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a indicação da espécie a ser removida e da tecnologia que será utilizada.
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