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Marcelo Piloto começa a ser julgado na Justiça Federal por assassinato no Paraguai em 2018


Imagens exclusivas mostram Marcelo Piloto em audiência no Paraguai e na chegada ao Brasil

Reprodução/TV Globo

Começou nesta terça-feira (9) o julgamento de Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, na Justiça Federal. A sessão começou com 2 horas de atraso.

A previsão é que cinco testemunhas de acusação e quatro de defesa sejam ouvidas durante o julgamento, que pode durar até quatro dias.

Piloto participa da sessão por videoconferência. Ele está preso em Rondônia e responde por homicídio quadruplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel, praticado mediante dissimulação e para assegurar a impunidade dos crimes praticados no Brasil) da jovem Lidia Burgos, de 18 anos, em novembro de 2018, no Paraguai.

Lidia Burgos, assassinada por Marcelo Piloto dentro da cela onde estava preso, no Paraguai

Polícia Civil do Paraguai/Divulgação

O crime ocorreu dentro da cela onde Piloto estava preso, em Assunção. A jovem era garota de programa e foi atraída ao local para um encontro sexual. Ela acabou vítima de uma emboscada.

Segundo as investigações, após manter relações com a vítima, Piloto a atacou de surpresa com 53 facadas.

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De acordo com a denúncia, o assassinato foi cometido de forma premeditada, para que Piloto respondesse ao processo no Paraguai, evitando responder a processos em território brasileiro.

"(...) o crime foi praticado no intuito de assegurar a impunidade dos crimes praticados no Brasil. Isso porque, com a morte de Lídia, Marcelo Fernando acreditava que poderia postergar a sua extradição para o Brasil, prorrogando assim a sua permanência em território paraguaio, deixando assim de cumprir as condenações pelos crimes praticados no Brasil, bem como de responder aos processos criminais que ainda tramitam em seu desfavor", afirmou o MPF.

Piloto era um dos chefes do Comando Vermelho em Manguinhos, na Zona Norte, e foi preso após passar uma década foragido das autoridades brasileiras.

Entre os depoimentos previstos no julgamento, estão o do delegado da Polícia Federal responsável pela investigação e o de uma promotora paraguaia que investigou o caso. Ela veio ao tribunal com escolta policial.

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