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Papa Francisco simplificou rituais funerários para pontífices há 5 meses; veja o que mudou


Mudança passou a permitir que o sepultamento dos corpos seja feito fora do Vaticano e retirou a obrigação dos três caixões. O papa Francisco acena em imagem de 2 de setembro de 2023 em Ulan Bator, capital da Mongólia

Alberto Pizzoli/AFP

O papa Francisco aprovou uma reforma que simplificou os rituais funerários de pontífices cinco meses antes de sua morte, nesta segunda-feira (21).

➡️ A mudança passou a permitir que o sepultamento dos corpos seja feito fora do Vaticano. Como já havia revelado antes de morrer, Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não nas grutas sob a Basílica de São Pedro, onde a maioria dos papas está enterrada.

A medida quebra uma tradição de mais de um século da Igreja Católica. A última vez que um papa foi sepultado fora dos portões do Vaticano foi em 1903, com o enterro do papa Leão XIII.

O desejo de Francisco de ser enterrado em Santa Maria Maggiore reflete sua veneração por um ícone da Virgem Maria que está localizado lá, o Salus populi Romani (Salvação do povo de Roma).

➡️ A reforma aprovada pelo papa também retirou a obrigação de que pontífices fiquem sob três caixões tradicionais de chipre, chumbo e carvalho. Agora, a urna de Francisco terá apenas uma estrutura de madeira revestida por zinco.

A simplificação, segundo o mestre de cerimônias litúrgicas do Vaticano, Monsenhor Diego Ravelli, visa "enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de um homem poderoso deste mundo".

➡️ Além disso, também houve a eliminação da exigência de que o papa seja colocado em um caixão elevado na Basílica de São Pedro para exibição pública.

Desde sua eleição em 2013, Francisco evitou a pompa frequentemente associada ao papado para enfatizar seu papel como bispo de Roma e servo da "igreja dos pobres".

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Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21) de Páscoa.

O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ter ficado internado por 38 dias.

"O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino", diz o comunicado oficial do Vaticano.

A morte do papa Francisco coloca a Igreja Católica em um período conhecido como "Sé vacante". Durante esta fase, o Vaticano dá início aos preparativos para o funeral do pontífice e para a escolha de um novo líder.

Por enquanto, a Igreja terá uma espécie de governo temporário. Parte dos religiosos que compõem a cúpula do governo do Vaticano perde suas as funções, e decisões urgentes ficam a cargo de um Colégio dos Cardeais.

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