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Penitenciária de Araraquara recebe primeiro clube de leitura para presos não alfabetizados


Iniciativa inédita no sistema prisional paulista prioriza educação e cultura como ações de reintegração. Projeto deve começar em maio. Penitenciária de Araraquara recebe 1º Clube de Leitura para presos não alfabetizados

SAP/Divulgação

A Penitenciária "Dr. Sebastião Martins Silveira" de Araraquara (SP) é uma das quatro unidades de São Paulo que vai receber o projeto pioneiro “Clube de Leitura para presos não alfabetizados”. A atividade está prevista para começar no início de maio.

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O programa visa promover o acesso à literatura, mesmo sem domínio da leitura e escrita, utilizando métodos como leituras em grupo, em duplas e audiolivros (com tablets sem acesso à internet), além de mediadores treinados.

Os participantes realizarão relatórios orais de leitura, gravados por agentes prisionais e posteriormente transcritos para fins de registro e validação.

A iniciativa, que prioriza educação e cultura como ações de reintegração, foi apresentada na unidade de Araraquara pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), na quarta-feira (23), no Dia Mundial do Livro.

A Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap) e a Fundação Observatório do Livro e da Leitura são parceiras na ação.

Segundo a SAP, dez presos poderão participar em cada uma das quatro turmas que estão previstas no ano. Atualmente, a penitenciária abriga 2.389 reeducandos, incluindo o Anexo de Detenção Provisória (ADP), que funciona no mesmo espaço.

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Oportunidade para reintegração social

Penitenciária de Araraquara recebe 1º Clube de Leitura para presos não alfabetizados

Divulgação/Funap

O projeto busca a inclusão social, o estímulo ao pensamento crítico e a criação de oportunidades para a reintegração social dos participantes.

“Acreditamos firmemente que, mesmo em um ambiente de privação, é possível construir caminhos de transformação, esperança e reintegração”, disse o chefe de Departamento da Unidade Prisional, Marcelo Pedro Antonio.

A iniciativa propõe o desenvolvimento de sete ciclos mensais de leitura, com um total de 280 atendimentos previstos ao longo de 2025.

Os livros e audiolivros serão fornecidos pela Fundação Observatório do Livro e da Leitura, responsável também pela formação dos mediadores.

O diretor-adjunto de Atendimento e Promoção Humana da Funap, Alexandre Rodrigues Cabrera, explicou que o o projeto respeita a diversidade das trajetórias e dos tempos de cada pessoa e amplia o acesso às ações de educação e cultura no sistema prisional.

Além da Penitenciária de Araraquara, participam do projeto piloto a Penitenciária de Ribeirão Preto, Penitenciária III de Serra Azul e Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis.

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