G1

Polícia identifica um dos cinco torcedores que atacaram CT do Palmeiras com bombas e rojões


CT do Palmeiras é atacado com bombas e rojões em SP

A Polícia Civil identificou nesta semana um dos cinco torcedores que atacaram, na madrugada do último domingo (10), o Centro de Treinamento (CT) do Palmeiras, na Zona Oeste de São Paulo, com bombas e rojões. O veículo que ele dirigia no dia do ataque foi localizado e apreendido. Câmeras de segurança gravaram o que ocorreu (veja vídeo acima).

O palmeirense, que não teve o nome divulgado pelas autoridades, foi levado na quarta-feira (13) à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), onde acabou indiciado por dano, tumulto e colocar outras pessoas em perigo. Ele responderá aos crimes em liberdade.

"Não foi preso porque não teve flagrante", falou nesta quinta-feira (14) ao g1 o delegado Rodrigo Correa Baptista, titular da Drade.

Ainda segundo delegado, o torcedor admitiu pertencer à Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras. E confessou ter participado do ataque ao CT da Academia de Futebol com mais quatro integrantes da Mancha. Nenhum deles teve o nome divulgado pela polícia.

Motivo do ataque

Câmera filmou parte dos vândalo, que estacionou carro e foi atacar CT do Palmeiras

Reprodução/Instagram

De acordo com a investigação, o atentado foi motivado pela eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil. No dia 6 de agosto, o time perdeu por 2 a 0 para o Corinthians, no Allianz Parque, e ficou fora do torneio. A derrota gerou protestos de torcedores, mas a Drade considera o ato no CT criminoso.

Ninguém ficou ferido. No momento do ataque, funcionários, jogadores e comissão técnica estavam no local, que fica na Avenida Marquês de São Vicente, na Água Branca, onde o elenco se concentrava para a partida contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro.

Câmeras gravaram ataque

Vândalos atacaram CT do Palmeiras com bombas e rojões

Reprodução/Instagram

Câmeras de segurança do Centro de Treinamento mostram pelo menos cinco pessoas com capuzes e capacetes chegando de carro por volta das 2h. Elas arremessam artefatos explosivos para dentro do local, causando chamas, fumaça e explosões, e fogem em seguida.

"A gente identificou o veículo usado nos ataques. A placa estava coberta, mas identificamos outras câmeras [que gravaram a placa]. Esse veículo foi locado para ser usado para transporte de aplicativo", afirmou o delegado.

"Fizemos monitoramento e conseguimos abordar o veículo. Que foi apreendido para fins de perícia. O condutor do veículo foi conduzido a delegacia e foi indiciado", continuou Rodrigo. "Ele pertence à Mancha. Em 2020 esteve envolvido num episódio recente de briga de torcidas".

O g1 não conseguiu contato com a defesa do indiciado nem com representantes da Mancha Alviverde até a última atualização desta reportagem. As investigações continuam para identificar os demais envolvidos.

"Agora as investigações prosseguem para identificar os demais autores", disse o delegado da Drade.

Presidente do Palmeiras

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, chamou ataque de 'atentado terrorista'

Reprodução/Instagram

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, publicou no final de semana as imagens do ataque no Instagram e classificou a ação como “atentado terrorista”, comparando-a ao episódio de outubro de 2024, quando torcedores da Mancha emboscaram ônibus da Máfia Azul, do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, em Guarulhos, na região metropolitana.

Na ocasião, bombas e rojões foram lançados, e um torcedor cruzeirense foi morto. Parte dos envolvidos foi presa e responde na Justiça. O motivo do ataque foi se vingar de uma briga anterior entre eles.

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