Em poucos minutos, o protesto pacífico virou uma cena de desespero. Doze pessoas ficaram feridas, algumas com queimaduras graves. Duas ainda estão hospitalizadas. Justiça dos EUA acusa de crime de ódio o homem que fez ataque antissemita a manifestantes
Nos Estados Unidos, a Justiça acusou de crime de ódio o homem que cometeu um ataque antissemita contra uma manifestação pacífica em defesa dos reféns israelenses.
O grupo se reunia todo domingo em Boulder, no Colorado, para pedir a libertação imediata dos reféns que estão há quase dois anos em poder dos terroristas do Hamas. No domingo (1º), um homem sem camisa se aproximou, gritou “Palestina livre” e atirou coquetéis molotov - garrafas incendiárias - contra os manifestantes.
Em poucos minutos, o protesto pacífico virou uma cena de desespero. Uma testemunha contou que a praça foi tomada pelas chamas. Houve correria, as pessoas gritavam e choravam. Alguns receberam os primeiros socorros ainda na praça. Doze pessoas ficaram feridas, algumas com queimaduras graves. Duas ainda estão hospitalizadas. Todas as vítimas têm mais de 50 anos. O rabino da Universidade do Colorado em Boulder, Israel Wilhelm, disse que uma delas é uma senhora de 88 anos, sobrevivente do Holocausto.
A polícia chegou rapidamente e prendeu o suspeito pelo ato antissemita. Mohamed Sabry Soliman tem 45 anos e é egípcio. Chegou aos Estados Unidos em 2022 com um visto de turista que expirou no ano seguinte. Nesta segunda-feira (2), o suspeito se apresentou ao tribunal e foi acusado de tentativa de homicídio e crime de ódio. O promotor disse que o agressor não demonstrou remorso. Segundo a investigação, ele passou um ano planejando o ataque.
Sobrevivente do Holocausto está entre os feridos no ataque a um ato de apoio aos reféns israelenses no Colorado, nos EUA
Jornal Nacional/ Reprodução
Em uma rede social, o presidente Donald Trump disse que ataques como o de domingo (1º) não serão tolerados e que atos de terrorismo serão enfrentados com toda a força da lei.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ele e a mulher, Sarah, estão rezando pela recuperação dos feridos e concluiu:
“O ataque teve por alvo pessoas pacíficas que expressavam solidariedade aos reféns do Hamas, simplesmente porque elas eram judias”.
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