Paulo Wires Alves do Nascimento foi preso nessa quarta-feira (14) no município de Pimenta Bueno, em Rondônia. Investigações da Polícia Civil também apontam que ele se apresentava como despachante agrário e utilizava documentos falsos para criar multas inexistente. Paulo Wires Alves do Nascimento.
PCRR/Divulgação
O empresário Paulo Wires Alves do Nascimento, de 27 anos, suspeito de causar um prejuízo de R$ 3 milhões para produtores do agronegócio em Roraima foi preso pela segunda vez, durante uma operação da Polícia Civil que investiga um esquema de estelionato. A prisão aconteceu na quarta-feira (14) no município de Pimenta Bueno, Rondônia.
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Paulo foi preso pela primeira vez no dia 10 de abril de 2025, em uma rodovia no município rondoniense. A nova prisão dele ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, cumprido na unidade onde ele já estava detido, em Rondônia. O g1 tenta contato com a defesa de Paulo Wires.
As investigações apontam que ele atua em Roraima desde 2022. Pelo menos 10 vítimas foram identificadas. Além disso, ele também aplicava golpes menores, como abastecer o carro e fugir sem pagar e dava golpes em restaurantes.
Operação Praga Financeira também cumpriu mandandos buscas e apreensões em endereços ligados ao empresário, em Roraima.
Polícia Civil de Roraima/Divulgação
Durante as investigações, os policiais também identificaram que o suspeito se apresentava como despachante agrário e utilizava documentos falsos para criar multas inexistentes, convencendo uma das vítimas a efetuar pagamentos sob o pretexto de regularizar propriedades rurais.
Para dar aparência de legalidade aos golpes, ele usava duas empresas de fachada, ambas registradas com endereços falsos — uma localizada em uma loja de calçados e a outra em uma residência aleatória, cujos verdadeiros proprietários não possuíam qualquer vínculo com os crimes, segundo a Civil.
A nova prisão aconteceu no âmbito da segunda fase da Operação Praga Financeira, coordenada pelo delegado Pedro Ivo, do 1º Distrito Policial (DP) de Roraima.
"Nesta quarta-feira, foram cumpridos três mandados judiciais expedidos pela Justiça: a prisão preventiva do investigado, realizada no município de Pimenta Bueno, em Rondônia, com o apoio fundamental da Polícia Penal local; buscas e apreensões realizadas nos bairros São Francisco e Paraviana, em Boa Vista; e a suspensão das atividades econômicas e financeiras das duas empresas envolvidas no esquema fraudulento", explicou o delegado Pedro Ivo.
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Segundo a Polícia Civil, o suspeito já responde a dois processos criminais distintos e, apenas no mais recente, foi denunciado pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) 12 vezes pelo crime de estelionato.
“Mesmo que ele venha a ser solto, estamos adotando todas as medidas legais para impedir que continue aplicando golpes utilizando essas empresas. Representaremos por novas medidas ou prisões quantas vezes forem necessárias”, concluiu o delegado.
Operação Praga Financeira - O nome da operação remete ao universo do agronegócio, contexto em que muitos dos golpes foram aplicados, fazendo alusão ao termo “praga” como algo nocivo que se espalha e destrói. Ao mesmo tempo, caracteriza o investigado como uma ameaça financeira recorrente, que impactou não apenas a produção agrícola, mas diversos setores da economia local e inúmeras vítimas ao longo dos últimos anos.
Quais as diferenças entre a prisão temporária e a preventiva?
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