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Tarifaço de Trump: veja como taxação de 50% em produtos brasileiros vai impactar o DF


O que é ordem executiva, instrumento usado por Trump para impor tarifa ao Brasil

A taxação de 50% para produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos deve começar a valer no dia 6 de agosto. Mas como isso vai impactar o Distrito Federal? 🤔

Segundo a Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), o tarifaço será mais prejudicial para a economia norte-americana, já que o DF importa mais mercadorias do que exporta.

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Na terça (27), o governador Ibaneis Rocha indicou que o DF não deve ser tão impactado, porque a "pauta de exportação é pequena" e a região é "um estado consumidor".

O assunto preocupou parte dos empresários do DF. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que os EUA ocupam a 6ª posição entre os principais destinos das exportações do DF.

🔎 Em 2024, o DF exportou US$ 7,8 milhões em produtos para os Estados Unidos. O valor representou crescimento de 21% em relação a 2023, quando foram exportados US$ 6,4 milhões.

Produtos exportados do DF para os EUA

Agricultura mostra produção de maracujás no DF, em imagem de arquivo

Tony Winston/Agência Brasília

De acordo com a FIBRA, os principais produtos exportados do DF para os EUA em 2024 foram:

Gorduras e óleos vegetais e animais: US$ 2.979,089

Preparações e cereais: US$ 2.523.682

Roupas: USS 807.452

Óleos combustíveis de petróleo: US$ 739.273

Carrinho de bebê e brinquedos: US$ 200 mil

Outros produtos comestíveis: US$ 121.856

Tarifa será mais prejudicial para os EUA

A agricultura brasileira, seja na produção de grãos, fibras, cereais e criação de animais tem forte atuação dos Engenheiros Agrônomos;

stevanovicigor/iStock

Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal, Jamal Jorge Bittar, o tarifaço será mais prejudicial para a economia dos EUA.

"O maior prejuízo é para o mercado americano. Porque nós exportamos US$ 8 milhões e importamos mais de US$ 300 milhões", explica.

Segundo Jamal Bittar, haverá um incremento bastante elevado para o preço final dos produtos americanos, o que vai impactar na quantidade de produtos adquiridos pelo mercado do DF.

O empresário Rômulo Lopes produz pamonha e açaí há 30 anos no DF. Ele exporta produtos para os EUA há pelos menos 10 anos.

Rômulo acredita que com a nova taxação essa exportação ficará praticamente inviável.

"Nos EUA temos o nosso maior volume de vendas de exportação. O que eu posso dizer é que o impacto dessa tarifa vai ser muito grande. E conversando também com os nossos compradores, eles já sinalizaram que se essa taxação de 50% for mantida, vai se tornar inviável trabalhar com produtos brasileiros", afirma.

O especialista em economia Cesar Bergo também reforça que o tarifaço deve impactar a própria indústria norte-americana.

"Acredito que o melhor caminho vai ser a própria pressão das indústrias americanas e do consumidor americano, em função do aumento dos produtos, sobretudo em produtos que eles não produzem como o café, a manga, o suco de laranja", diz.

Presidente dos EUA, Donald Trump

Jim Watson/AFP

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