Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem o Estado da Palestina
O governo australiano anunciou nesta segunda-feira (11) que vai reconhecer a Palestina como um Estado independente. Com o anúncio, a Austrália se tornará o 10º país a reconhecer o Estado palestino desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase dois anos.
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Mas, desde antes do início do conflito, o movimento de reconhecimento já vinha crescendo. Atualmente, 146 países e territórios da ONU já reconheceram o Estado palestino, e outras cinco nações já anunciaram que farão o mesmo.
Muitos deles fazem parte da Liga dos Estados Árabes e do Movimento dos Países Não Alinhados, mas também há países ocidentais nessa lista, entre eles o Brasil.
Na Europa Ocidental, apenas a Suécia e a Islândia integravam a lista antes do anúncio desta terça -- o governo sueco havia sido inclusive o único membro da União Europeia a declarar reconhecimento ao Estado palestino.
Já os Estados Unidos e aliados, como Japão, Reino Unido, Austrália e Canadá, não fazem parte da lista.
Apesar de defender a solução de dois Estados no Oriente Médio -- o Palestino e o de Israel --, o governo norte-americano também mantém a posição de que essa questão deve ser resolvida apenas entre as partes envolvidas.
Nenhum dos integrantes do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, França, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão), reconhecem o Estado da Palestina.
ONU
Até agora, a Organização das Nações Unidas (ONU) não reconhece plenamente a existência do Estado palestino. A Palestina tem o status de "Estado Observador Permanente" desde 2012, o que significa que o direito a participar dos debates e procedimentos da organização, mas não das votações.
Em 2011, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu formalmente à ONU que aceitasse a Palestina como Estado pleno, mas a votação ficou empacada no Conselho de Segurança, e a proposta acabou arquivada até abril deste ano, quando os palestinos enviaram uma nova solicitação à ONU, e o processo de votação foi reaberto.
No entanto, os Estados Unidos vetaram o pedido na votação do Conselho de Segurança -- os EUA são um dos membros permanentes do conselho, e, por isso, tem poder de vetar qualquer proposta.
Na votação seguinte, no entanto, que ocorreu na Assembleia Geral, a proposta foi aprovada e voltou para o Conselho de Segurança, onde os EUA devem novamente vetá-la.
Veja abaixo a lista completa:
América Latina
Brasil;
Argentina;
Uruguai;
Paraguai;
Chile;
Venezuela;
Colômbia;
Bolívia;
Peru;
Equador;
Guiana;
Suriname;
Costa Rica;
Nicarágua;
Honduras;
El Salvador;
Guatemala;
Cuba;
República Dominicana;
Haiti;
Caribe
Granada;
Antígua e Barbuda;
Dominica;
Santa Lúcia;
Belize;
São Vicente e Granadina;
São Cristóvão e Neves;
Europa
Suécia;
Islândia;
Vaticano;
República Checa;
Polônia;
Eslováquia;
Hungria;
Croácia;
Macedônia do Norte;
Bósnia e Herzegovina;
Albânia;
Bulgária;
Sérvia;
Montenegro;
Romênia;
Belarus;
Ucrânia;
Chipre;
Malta.
Ásia
Rússia;
Georgia
Azerbaijão;
Cazaquistão;
Tadjiquistão;
Paquistão;
Afeganistão;
Turcomenistão;
Uzbequistão;
Quirguistão;
Turquia;
Mongólia;
China;
Coréia do Norte;
Tailândia;
Indonésia;
Malásia;
Brunei;
Filipinas;
Timor Leste;
Papua Nova Guiné;
Vietnã;
Camboja;
Nepal;
Bangladesh;
Índia;
Sri Lanka;
Butão;
Laos;
Maldivas
Oceania
Vanuatu
Oriente Médio
Irã;
Arábia Saudita;
Emirados Árabes Unidos;
Omã;
Iêmen;
Jordânia;
Síria;
Iraque;
Líbano;
Catar;
Kuwait;
Bahrein.
África
Egito;
Líbia;
Argélia;
Tunísia;
Marrocos;
Saara Ocidental (território);
Sudão;
Sudão do Sul;
Etiópia;
Djibuti;
Somália;
Mauritânia;
Mali;
Senegal;
Gâmbia;
Burkina Faso;
Guiné;
Guiné Bissau;
Serra Leoa;
Libéria;
Costa do Marfim;
Cabo Verde;
Gana;
Togo;
Benin;
Nigéria;
Níger;
Burkina Faso;
Chade;
República Centro-Africana;
Guiné Equatorial;
São Tomé e Príncipe;
Gabão;
Congo;
República Democrática do Congo;
Uganda;
Ruanda;
Burundi;
Quênia;
Tanzânia;
Angola;
Zâmbia;
Malaui;
Moçambique;
Eswatini;
Madagascar;
Ilhas Maurício;
Seychelles;
Comores;
Namíbia;
Botsuana;
Zimbábue;
África do Sul;
Lesoto.
O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide (à esquerda), e o premiê Jonas Gahr Store falam no dia 22 de maio de 2024 sobre o reconhecimento da Palestina como Estado independente
Erik Flaaris Johansen/NTB/Reuters