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Conclave: Auxiliar de arcebispo de Manaus, cotado como favorito, diz que próximo papa deve manter legado de Francisco


Padre Luis Miguel Modino está no Vaticano acompanhando o Conclave e comentou sobre as expectativas em relação ao novo papa. Conclave inicia votação e primeira fumaça é negra

O padre Luis Miguel Modino, auxiliar do cardeal da Amazônia e arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner — citado pela agência Reuters como um dos favoritos à sucessão do papa Francisco —, afirmou que o próximo pontífice deverá dar continuidade ao legado deixado pelo argentino. O Conclave, processo de eleição do novo Sumo Pontífice da Igreja Católica, teve início nesta quarta-feira (7). Acompanhe em tempo real.

Modino está no Vaticano acompanhando o Conclave e comentou sobre as expectativas em relação ao novo papa. Segundo ele, Francisco estabeleceu bases que devem ser mantidas por seu sucessor.

“O próximo papa será aquele que continuará o legado de papa Francisco. Essas foram as condições colocadas pelos cardeais nas congregações gerais que, durante nove dias, reuniram aqui em Roma os que vão votar e também os que já completaram 80 anos. Eles debateram, se escutaram, buscando formas de dar continuidade aos 12 anos de pontificado do primeiro papa latino-americano”, disse Modino.

padre Luis Miguel Modino, auxiliar do cardeal da Amazônia e arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner,.

Reprodução

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Quem é Leonardo Steiner

Dom Leonardo Steiner

Divulgação/Arquidiocese de Manaus

Dom Leonardo Ulrich Steiner, natural de Forquilhinha (SC), foi nomeado arcebispo metropolitano de Manaus em 2019 e, três anos depois, tornou-se cardeal da Amazônia por nomeação do próprio papa Francisco.

Nascido em 6 de novembro de 1950, Steiner ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972, no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Foi ordenado sacerdote por Dom Paulo Evaristo Arns em 1978. Formado em Pedagogia, também atuou como mestre de noviços.

Em 1995, mudou-se para Roma, onde concluiu mestrado e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. De 1999 a 2003, foi secretário-geral da mesma universidade.

De volta ao Brasil, assumiu como vigário da Paróquia Bom Jesus, em Curitiba, e lecionou na Faculdade São Boaventura. Em 2005, tornou-se bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT).

Em 2011, foi nomeado bispo auxiliar de Brasília e exerceu o cargo de secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) até 2019. Seu lema episcopal é “Verbum caro factum est” — “O Verbo se fez carne”.

Como funciona o Conclave

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A palavra "conclave" vem do latim cum clavis e significa “fechado à chave”. É o processo pelo qual a Igreja Católica elege um novo papa. Durante o período da votação, os cardeais ficam reclusos em uma área do Vaticano conhecida como "zona de Conclave", sob rígidas regras de sigilo. Eles fazem um juramento de confidencialidade e não podem usar celulares, ler jornais ou manter qualquer contato externo.

As votações ocorrem na Capela Sistina e são realizadas até quatro vezes ao dia — duas pela manhã e duas à tarde. Para ser eleito, um cardeal precisa obter dois terços dos votos, que são secretos e queimados após a contagem.

Se após três dias nenhum nome for escolhido, ocorre uma pausa de 24 horas para oração. Outra pausa pode ser convocada após sete votações sem resultado. Se forem realizadas 34 votações sem consenso, os dois cardeais mais votados disputam uma espécie de segundo turno, ainda exigindo os dois terços para ser eleito.

Após a eleição, o cardeal escolhido precisa aceitar o cargo e definir o nome com o qual será conhecido. Em seguida, ele se dirige à chamada “Sala das Lágrimas” para vestir os trajes papais.

Por fim, o novo papa é anunciado à multidão na Praça de São Pedro, com a tradicional proclamação: “Habemus Papam!” — “Temos um papa”.

O cardeal brasileiro Leonardo Ulrich Steiner (à esquerda) chega para missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 4 de maio de 2025.

Alberto Pizzoli/AFP

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