G1

Exportação de açaí é atingida por tarifaço de Trump e causa prejuízo a pequenos produtores


Tarifaço de Donald Trump interrompe exportações de um dos símbolos da Amazônia

A lista de produtos sobretaxados também tem um símbolo da Região Norte do Brasil.

Oito ilhas formam o arquipélago do Bailique, no leste do Amapá. 10 mil ribeirinhos dependem do fruto dessas árvores.

"Nós intensificamos nos últimos dois anos, principalmente ano passado, 2024, quando a gente fez tanto exportação de polpa como de açaí em pó. E o principal cliente é realmente os Estados Unidos nesse momento", explica Amiraldo Picanço, presidente da cooperativa.

A cooperativa de trabalhadores do Bailique, da Beira Amazonas e da Terra Indígena Wajãpi agregou valor ao açaí. O quilo da polpa é vendido a US$ 5. Desidratado a vácuo, o açaí altamente concentrado chega a US$ 60 o kg.

Desidratado a vácuo, o açaí altamente concentrado chega a US$ 60 o kg.

Jornal Nacional

O açaí em pó começou a ser exportado em novembro de 2024. De lá para cá foram 4 remessas enviadas para os Estados Unidos. A quinta estava programada agora, para o mês de julho, mas não aconteceu por conta da taxação. Por enquanto, a fábrica continua parada.

Aldemir é um dos cooperados que vão ter prejuízo se Donald Trump mantiver o tarifaço.

"Vamos dizer que o meu retorno financeiro eu teria aí de 15 a 20 mil reais de retorno positivo, eu só vou ter 10 mil, né?"

Pará, Amazonas e Amapá respondem por quase toda a produção nacional de açaí, um setor que emprega de maneira formal e informal até 300 mil pessoas. Só em uma fábrica em Castanhal (PA) são 500 trabalhadores durante a safra.

"É um produto nativo amazônico, majoritariamente brasileiro. E o fato da implantação da tarifa ela penaliza um produto que gera milhares de emprego e renda para a Região Norte do Brasil e incentiva o desenvolvimento social do Amazonas", afirmou a empresária Norma Ayana.

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