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Madrasta fica em silêncio em depoimento sobre maus-tratos a menino de 8 anos no DF; polícia aguarda laudo do IML


Criança de oito anos vítima de agressões no DF

Reprodução/TV Globo

A madrasta da criança de 8 anos vítima de maus-tratos no Sol Nascente, no Distrito Federal, se apresentou na 19ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia nesta quinta-feira (14), mas ficou em silêncio durante o depoimento. Ela é a principal suspeita do crime.

A mulher, de 26 anos, era responsável por cuidar do garoto enquanto o pai, de 33, saía para trabalhar. Até a tarde desta quinta, ninguém tinha sido preso.

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Criança sofre maus-tratos dentro de casa

A polícia aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML). A mulher pode ser indiciada pelo crime de maus-tratos e pode pegar uma pena de 2 a 7 anos de prisão.

Além do menino vítima de maus-tratos, outras seis crianças ficam sob os cuidados da madrasta.

Segundo a polícia, as outras crianças não apresentavam sinais de maus-tratos e também não há outras denúncias contra o casal.

Mudança de comportamento da criança

Criança de oito anos vítima de maus-tratos

Reprodução/TV Globo

O caso foi descoberto após mudanças do comportamento na escola, que, em razão das dores e dos ferimentos, não conseguia nem se sentar para assistir às aulas.

Uma professora verificou que a criança tinha graves queimaduras nas nádegas e outros hematomas pelo corpo.

Nesta quarta (13), o diretor da escola afirmou que também notou ferimentos no rosto do garoto enquanto o alimentava. E, por isso, decidiu acionar a polícia.

O gestor relatou aos policiais que já tinha uma "preocupação maior" com a criança – que, segundo ele, sempre chegava à escola "com muita fome, sujo e deprimido".

O garoto foi encaminhado à 19ª Delegacia de Polícia, na Ceilândia. O Conselho Tutelar também foi acionado para investigar os ferimentos e conversar com o menino.

Questionado, o menino disse que tinha sido castigado com um garfo quente.

Mãe e pai não sabiam

A mãe da criança informou que não sabia das agressões e que, desde março, o pai impedia ela de ver o próprio filho. O homem alegava que o menino estava doente.

O garoto está sob responsabilidade da mãe, que pediu medidas protetivas contra a madrasta.

Em depoimento, o pai afirmou que também não sabia das agressões até ser acionado pelo Conselho Tutelar e que passa o dia fora de casa devido à rotina de trabalho.

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