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Médico influencer faz unboxing de camisinha texturizada distribuída pelo SUS: ‘eu achei MUITO boa’


Camisinha texturizada é lançada para o SUS

“Não sei se vai estar focando.” Com leveza e humor, usando a frase normalmente dita por blogueiras para mostrar produtos na internet, o médico infectologista Ricardo Kores, influencer de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, deu sua opinião sobre os preservativos masculinos nas versões texturizada e fina. Os produtos foram anunciados na quarta-feira (13) pelo Ministério da Saúde serão distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O mineiro usou suas redes sociais, que acumulam mais de 1,4 milhão de seguidores, para abrir a caixa que recebeu do Ministério da Saúde e avaliar as novas camisinhas - ou, se preferir os termos usados na internet, fazer o unboxing e review dos produtos.

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O vídeo foi postado no Instagram de Ricardo em parceria com a página oficial do MS e atingiu quase 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas. No estilo de influencer, o médico brinca com os sons da caixa e mostra os detalhes da camisinha, usando palavras como “recebidos” para conversar com o público jovem. Assista ao vídeo acima.

"Querem minha opinião? Eu achei MUITO boa! Querem uma dica? Busque a sua na Unidade de Saúde mais próxima de você. SABE QUANTO CUSTA? NA-DA. É totalmente de graça. SUS, né?", reforçou seu contentamento com as caminhas na legenda da postagem.

Os novos modelos de camisinha são uma tentativa de estimular o uso de preservativos durante relações sexuais, principalmente entre os mais jovens. A implementação das versões reforça a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), doenças como HIV, hepatites virais, sífilis, além de gestações não planejadas.

Médico infectologista faz review de camisinha texturizada distribuída pelo SUS: ‘eu achei MUITO boa’

Redes Sociais/Reprodução

Ricardo Kores faz sucesso nas redes sociais com vídeos relacionados à saúde, esclarecendo termos técnicos, desmistificando tabus e alertando sobre doenças. O diferencial do médico mineiro é a linguagem usada, sempre com humor e explorando expressões populares, como "coceira na rosquinha" e "fogo na bruschetta" para tratar das partes íntimas ou assuntos sexuais.

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Afinal, qual é a diferença entre as camisinhas?

De acordo com o Ministério da Saúde, as novas versões têm a mesma eficácia da camisinha tradicional, o que muda é a sensação ao usá-las. A fina proporciona maior contato da pele devido à menor espessura. Já a texturizada aposta em relevos estratégicos para proporcionar maior estímulo e prazer durante o sexo.

Além disso, as versões contam com linguagem em braille nas embalagens distribuídas pelo SUS, para aumentar ainda mais a acessibilidade e a distribuição dos preservativos.

O objetivo é combater o desuso de métodos contraceptivos e reforçar a popularidade. Para isso, a estratégia foi apostar no bom humor e na força das redes sociais. Além do médico uberlandense Ricardo Kores, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também entrou na brincadeira e anunciou as novidades ao som de Taylor Swift.

“TS. Não de Taylor Swift. De texturizada e sensitive (...) Tudo o que a gente puder colocar disponível no SUS para incentivar as pessoas a usar camisinha, nós faremos”, publicou Padilha em suas redes sociais, relacionando os novos modelos ao nome da cantora norte-americana.

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59% das pessoas com mais de 18 anos dizem não usar preservativo

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE), realizada em 2019, quase 60% dos brasileiros com mais de 18 anos que tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores não usaram preservativo nenhuma vez. Só 22,8% disseram usar sempre. Os dados acendem o alerta e justificam a chegada das novas versões como estratégia para aumentar a adesão ao método contraceptivo.

A meta do Ministério da Saúde é distribuir 400 milhões de unidades nas Unidades Públicas de Saúde (UBs) em 2025. E combater, também, a baixa solicitação desses insumos por estados e municípios após a Covid-19, conforme registrado no relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2024.

*Estagiária sob supervisão de Juliana Leal.

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