Sepultamento de Yasmin da Silva Cândido será em Viçosa, neste sábado (3). Em 2020 ela foi diagnosticada com acalasia, possivelmente causada pela Doença de Chagas, condição que dificulta a nutrição do corpo. Yasmin Cândido, de Viçosa, lutava contra a acalasia e chegou a pesar 27kg
Yasmin Cândido
Será sepultado neste sábado (3), no Cemitério Colina da Saudade, em Viçosa, a jovem Yasmin da Silva Cândido, que lutava contra uma doença rara que a fez pesar apenas 27kg. Ela morreu na sexta-feira (2), aos 22 anos.
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O comunicado do falecimento foi postado nas redes sociais de Yasmin, sem detalhes sobre a causa da morte.
Em 2020, ela foi diagnosticada com acalasia, também conhecida como 'megaesôfago', uma condição que dificulta a passagem de alimentos e líquidos do esôfago para o estômago, o que a deixava desnutrida.
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No ano passado, ela passou por procedimento cirúrgico em um centro especializado em Recife, já que sintomas se agravaram devido à dificuldade de alimentação. A operação foi feita com ajuda de familiares e amigos, que se mobilizaram para arrecadar cerca de R$ 22 mil para o procedimento.
Yasmin deixa três filhos, com idades entre 1 e 4 anos.
Doença pode ser sido causada pela Doença de Chagas
A suspeita é de que a doença tenha sido causada ainda na infância pela infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da Doença de Chagas, que pode ser transmitida pela picada de insetos, como os barbeiros.
Yasmin Cândido lutava contra a acalasia e recebia cuidados da avó, em Viçosa
Yasmin Cândido
A incidência global da acalasia é estimada entre 1 e 2 casos a cada 100 mil pessoas, segundo um estudo publicado no Journal of Gastroenterology and Hepatology.
Em dezembro de 2024, ela explicou ao g1 como começaram os sintomas.
"Estava engasgando enquanto dormia, então fiz uma endoscopia, e o médico disse que poderia ser uma doença chamada acalasia. Ele pediu outro exame, que tive que fazer em Belo Horizonte, pois na minha região não havia, e o resultado confirmou”.
Inicialmente, ela fez o tratamento de dilatação pneumática, mas o procedimento, que consiste na inserção de um tubo com um balão não inflado na garganta, parou de ter resultados.
Em maio do ano passado, o intestino de Yasmin parou de funcionar e foi necessário realizar uma cirurgia às pressas, iniciando o uso de bolsa de colostomia. Em aproximadamente seis meses, ela, que estava pesando 43kg, passou aos 27kg.
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