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Fazer o controle de glicemia é mais do que uma recomendação médica para quem tem diabetes. É um cuidado que afeta todo o funcionamento do corpo. Quando os níveis de açúcar no sangue ficam desregulados por muito tempo, o risco de complicações aumenta e muito.
Problemas como cansaço constante, visão embaçada, infecções frequentes, alterações no humor e até dificuldades de cicatrização podem ser reflexos da glicose fora do controle. E, com o passar do tempo, isso pode evoluir para quadros mais sérios como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e lesões nos nervos.
A boa notícia é que, com hábitos simples e consistentes, é possível manter a glicemia sob controle, mesmo quem já convive com diabetes tipo 1, tipo 2 ou está no estágio de pré-diabetes.
O que é glicemia e por que ela oscila?
A glicemia é a quantidade de glicose (açúcar) presente no sangue. Nosso corpo usa a glicose como fonte principal de energia, mas ela precisa estar em equilíbrio.
Quando comemos, principalmente alimentos ricos em carboidratos, a glicemia sobe. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, entra em ação para regular essa taxa, direcionando a glicose para dentro das células.
O problema acontece quando há resistência à insulina (caso comum no diabetes tipo 2) ou quando o corpo não produz insulina suficiente (como no tipo 1). Nesses casos, a glicose permanece no sangue em níveis altos, o que pode causar danos ao longo do tempo.
Mesmo quem ainda não tem diagnóstico precisa prestar atenção, porque a pré-diabetes pode passar despercebida por anos e evoluir sem aviso.
Como saber se a glicemia está alterada?
Os exames de sangue são a forma mais segura de saber como anda a glicemia. O mais comum é a glicemia de jejum, que mede os níveis de açúcar após 8 horas sem comer. Outros exames importantes são:
Hemoglobina glicada: mostra a média da glicemia nos últimos três meses.
Teste oral de tolerância à glicose: avalia como o corpo reage após a ingestão de glicose.
Mas, além dos exames, algumas pessoas percebem no dia a dia sintomas como:
Sede excessiva;
Vontade de urinar com frequência;
Fome exagerada ou perda de peso repentina;
Cansaço sem motivo;
Visão turva;
Feridas que demoram para cicatrizar.
Se você já tem diagnóstico, o ideal é manter uma rotina de aferição com os equipamentos adequados. O Espaço do Diabético da Drogal oferece produtos e acessórios específicos para o dia a dia, incluindo tiras, lancetas e medidores.
Como fazer o controle de glicemia no dia a dia?
Controlar a glicemia exige um conjunto de cuidados, mas nenhum deles precisa ser complicado. O segredo está na constância.
1. Alimentação equilibrada
Evitar picos de glicose começa pelo prato. Priorizar alimentos com baixo índice glicêmico, como vegetais, leguminosas, cereais integrais e proteínas magras, ajuda a manter a glicose estável por mais tempo.
Algumas dicas:
Coma em horários regulares;
Evite sucos industrializados e refrigerantes;
Inclua fibras em todas as refeições;
Troque o arroz branco pelo integral;
Não pule refeições (isso pode causar hipoglicemia).
Alimentos ricos em fibras e proteínas ajudam a reduzir a velocidade de absorção da glicose. Já os carboidratos simples, como pão branco, doces e massas refinadas, devem ser consumidos com moderação e sempre combinados com outros nutrientes.
2. Exercícios físicos
Movimentar o corpo ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, reduzindo os níveis de glicose no sangue.
O ideal é:
Escolher uma atividade que você goste (caminhada, bicicleta, dança, natação);
Começar devagar, especialmente se estiver sedentário;
Tentar manter a regularidade, mesmo que seja 3 vezes por semana;
Monitorar a glicemia antes e depois do exercício, se você já usa insulina.
E não precisa ser nada extremo: caminhadas diárias de 30 minutos já fazem diferença.
3. Suplementação e complementos alimentares
Em alguns casos, principalmente quando a alimentação não supre todas as necessidades, o uso de complementos pode ser indicado pelo médico ou nutricionista. Existem suplementos com fibras, vitaminas e minerais que auxiliam no metabolismo da glicose e evitam picos.
O ideal é usar com orientação, mas vale conhecer as opções no setor de complementos alimentares da Drogal, principalmente os voltados para quem tem diabetes.
4. Sono e estresse
Dormir mal ou viver sob estresse constante pode atrapalhar o controle da glicemia. O cortisol, hormônio do estresse, interfere diretamente nos níveis de açúcar no sangue.
Tente:
Ter uma rotina de sono (deitar e acordar nos mesmos horários);
Desligar o celular ao menos 30 minutos antes de dormir;
Evitar café à noite;
Praticar atividades que relaxem: leitura, meditação, respiração profunda.
“O controle de glicemia vai muito além do uso de medicamentos. Manter uma alimentação equilibrada, ter uma rotina de exames e o monitoramento diário fazem parte do cuidado completo”, explica Eliane Messias, farmacêutica responsável da Rede Drogal.
5. Acompanhamento médico e uso de medicamentos
Algumas pessoas conseguem controlar a glicemia apenas com alimentação e atividade física. Outras precisam de medicação oral ou insulina. Tudo depende do tipo de diabetes, da fase da doença e da resposta do organismo.
O importante é:
Não abandonar o tratamento, mesmo se os sintomas sumirem;
Tomar os medicamentos no horário certo;
Relatar qualquer efeito colateral ao médico;
Fazer exames periódicos para acompanhar a evolução.
A tecnologia também ajuda: no Espaço do Diabético da Drogal, você encontra os monitores de glicemia que permitem acompanhar seus níveis em casa, com precisão e segurança.
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O que acontece quando a glicemia não está sob controle?
O descontrole glicêmico, quando frequente, pode levar a uma série de complicações sérias, como:
Retinopatia diabética (comprometimento da visão);
Nefropatia (problemas renais);
Neuropatia (lesões nos nervos, com formigamento e perda de sensibilidade);
Doenças cardiovasculares;
Pé diabético (feridas que não cicatrizam e podem levar à amputação).
Por isso, o cuidado precisa ser diário. Pequenos ajustes de rotina fazem diferença e ajudam a evitar danos que podem ser irreversíveis.
Controlar a glicose não significa abrir mão da sua rotina, mas sim adaptar com inteligência. E com informação e os produtos certos, dá para viver bem e com liberdade.
Farmacêutica responsável
Eliane Messias Rodrigues - CRF ativo: CRF/SP 43.895
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