As contas do governo central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registraram déficit primário em 2023. No ano passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 230,535 bilhões, equivalentes a -2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
O saldo anual – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o pior desempenho desde 2020, quando houve déficit de R$ 939,95 bilhões, corrigido pela inflação. Aquele ano, porém, foi atípico por ter sido o primeiro da pandemia de Covid-19. Sem considerar 2020, o resultado é o pior desde o início da série histórica, que começou em 1997.
Em 2023, as receitas tiveram baixa real de 2,8% em relação a 2022. Já as despesas subiram 12,5% no ano passado, já descontada a inflação. A meta fiscal ajustada para 2023 admitia um rombo primário de até R$ 213,6 bilhões nas contas do governo central.
No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em novembro, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 177,4 bilhões nas contas deste ano, equivalentes a 1,9% do PIB. A equipe técnica da Fazenda desejava um déficit de 1% do PIB em 2023, mas já admitia que poderia ficar em torno de 1,3%.
*AE
Publicada por: Pr. Elias Fernandes
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