De acordo com o veículo, a MegaEdu, uma ONG financiada pelo empresário, fechou acordo com o Ministério da Educação (MEC) para opinar sobre conexão de escolas públicas à internet e, ao mesmo tempo, foi colocada em um conselho do Ministério das Comunicações que define parte dos cerca de R$ 6,6 bilhões que serão destinados para a conectividade de estudantes.

Formalmente aberta em outubro do ano passado, a MegaEdu é diretamente ligada à Fundação Lemann, organização fundada pelo bilionário brasileiro para apoiar a educação. A associação diz oferecer “consultoria técnica” para secretarias de educação e afirma trabalhar para levar internet de alta velocidade para todas as escolas públicas do país.

Além de atuar no MEC, a ONG também está, segundo o jornal, no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e está sendo chamada para opinar sobre o uso de R$ 3,1 bilhões de dinheiro privado que as operadoras de telefonia foram obrigadas a investir para arrematar faixas do leilão do 5G.

Ao Estadão, a MegaEdu disse não haver conflito de interesses na relação com o governo. Já a Fundação Lemann declarou que a ONG tem reconhecimento e legitimidade para atuar junto ao governo federal. O MEC, por sua vez, defende a parceria e não comenta a ligação com o empresário.