Agnelo Queiroz (PT), ex-governador do Distrito Federal, virou réu por pedir propina de R$ 300 mil para bancar a campanha eleitoral do PT. O juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, titular da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, acatou a denúncia do Ministério Público Eleitoral, no último dia 2.
Ele responderá por falsidade ideológica eleitoral. O petista teria pedido propina de R$ 300 mil para as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, responsáveis pela reforma do Estádio Mané Garrincha. O dinheiro, de suposta origem ilícita, foi repassado como contribuição eleitoral para o PT, diz o MPE.
O MPE afirmou que eventual delito está inserido em contexto de “ocultação/ilusão/fraude da origem e natureza dos valores ilícitos, mediante a utilização do sistema eleitoral brasileiro para mascarar a origem espúria e com isso assegurar a execução e a consumação do delito eleitoral, uma vez que a verdadeira origem dos valores não foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral”.
“O indício de materialidade encontra-se adequadamente delineado a partir do Relatório Final no Inquérito Policial 1095/2016, destacadamente sobre os indícios de que Agnelo Queiroz pediu o pagamento de propina em favor do Partido dos Trabalhadores.” disse o juiz ao acatar o pedido.
Em resposta ao MP Agnelo alega que “o que existe é contribuição de empresa ao partido na eleição municipal de 2010. A contribuição foi feita ao PT, como a lei permitia e conforme consta em declaração do partido aprovada pelo Tribunal Eleitoral. Me acusar de recebimento de vantagem é perseguição”.
Publicada por: Pr. Elias Fernandes
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