A Polícia Federal afirma que a suposta milícia liderada pelo deputado estadual Binho Galinha (PRD-BA) tem tentáculos em vários setores do poder público na Bahia.
O parlamentar já havia sido alvo da Operação El Patrón, em dezembro de 2023, e teve pedido de afastamento do cargo solicitado pela PF na Operação Hybris, deflagrada nesta terça (9). O Ministério Público foi contra e a Justiça negou o afastamento, mas autorizou a prisão de sua esposa, Mayana Cerqueira.
Ela havia sido presa no ano passado, mas acabou solta mediante uso de tornozeleira eletrônica por ser mãe de uma criança.
Binho Galinha é apontado como líder de uma milícia que explora jogo do bicho e agiotagem na cidade de Feira de Santana (a 109 km de Salvador), além de atuar na receptação de cargas roubadas e em crimes de extorsão.
Em nota divulgada após a operação, o deputado afirmou que “jamais praticou os crimes que lhe estão sendo atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça”.
Na Operação Hybris, a PF prendeu cinco policiais militares, incluindo um tenente-coronel, suspeitos de integrar o braço armado da milícia.
Para os investigadores, segundo apuração Folha, o fato de Binho Galinha ter sido eleito deputado estadual e sua relação com os PMs apontam para a capilaridade da organização criminosa e seus tentáculos em setores do poder público da Bahia.
Publicada por: Pr. Elias Fernandes
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