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Secretário da Segurança de SP diz que ainda não se sabe quem mandou matar delator do PCC

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Secretário da Segurança de SP diz que ainda não se sabe quem mandou matar delator do PCC

Acusado de ser o autor dos disparos foi preso nesta quinta-feira (16) como parte de uma operação que mirou policiais militares suspeitos de vazar informações sigilosas para favorecer criminosos da facção. Policial Militar suspeito de assassinar delator do PCC é preso O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quinta-feira (16) que ainda não se sabe quem mandou matar Vinícius Gritzbach, delator do PCC executado no ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O acusado de ser o autor dos disparos foi preso mais cedo como parte de uma operação que mirou policiais militares suspeitos de envolvimento com a facção criminosa. "Existem algumas linhas de investigações, mas ainda não se sabe quem é o mandante", afirmou Derrite em entrevista coletiva. Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção. A TV Globo apurou que o policial preso acusado de ser o atirador é o cabo Denis Antonio Martins. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele. Em entrevista à imprensa, Derrite informou que o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, os nomes dos PMs não serão divulgados. Outros 13 PMs também foram presos e há mandado de prisão contra mais um. Montagem com a foto de Denis Martins, suspeito de atirar em Gritzbach no aeroporto Reprodução Vazamento de informações A investigação começou após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso. Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva. Um dos beneficiados era Gritzbach, que usava PMs em sua escolta privada, caracterizando a integração de agentes à organização criminosa. Cronologia da investigação Março de 2024 - A Corregedoria da PM recebe uma denúncia sobre PMs que faziam segurança e também passavam informações sigilosas para criminosos do PCC. Outubro de 2024 - Uma nova denúncia chega à Corregedoria. Fotos mostravam PMs fazendo escolta para Vinícius Gritzbach durante uma audiência no Fórum da Barra Funda. 8 de novembro de 2024 - Gritzbach é assassinado no aeroporto em Guarulhos. PMs que faziam a escolta dele são detidos e têm os celulares apreendidos. A Corregedoria da PM começa, então, a cruzar as informações e descobre que os policiais faziam parte de uma rede de proteção do PCC. Eles passavam informações para que os criminosos pudessem se antecipar às ações da polícia. Dessa forma, a Corregedoria chegou a um dos executores de Gritzbach. Pela quebra do sigilo telefônico, descobriram que ele esteve na cena do crime. Depois, fizeram um minucioso trabalho de reconhecimento, ouvindo testemunhas que viram o homem durante a fuga. Execução de Gritzbach Vinícius Gritzbach Reprodução/TV Globo Câmeras de segurança do aeroporto gravaram o assassinato de Gritzabach, cometido por homens encapuzados usando fuzis, que fugiram em seguida. (Veja vídeo mais abaixo.) Um motorista por aplicativo que estava ali no local acabou sendo atingido por um dos disparos e também morreu. Dois suspeitos de participarem da execução foram presos dias depois por uma força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso. Caso Gritzbach: novas imagens mostram momento da execução do empresário

Publicada por: RBSYS

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